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Entrevista com Chef Boulanger Philippe Lanié

 

Quando você começou sua jornada na boulangerie?

Decidi seguir essa profissão somente aos 30 anos. Nasci em Paris, onde temos uma forte cultura de boulangeries que sempre me chamaram a atenção, especialmente aquelas com o forno a vista, ficava fascinado! Venho de uma família de açougueiros e fui durante 5 anos ajudante de cozinha, um belo dia bati em uma padaria do meu bairro e pedi trabalho. Foi ali que a minha carreira como boulanger começou, no ano de 2002. Trabalhei durante 4 anos nesta padaria, aprendi muito! Em 2005, me mudei para o Rio de Janeiro e comecei a trabalhar no centro da cidade para o Chef Frédéric Monnier. Como sempre tive o sonho de ter o próprio negócio, estudei vários mercados e decidi me mudar Macaé. Anos depois, voltei para o Rio de Janeiro e comecei a oferecer consultoria de panificação e treinamento além de aulas em vários lugares como: Talho Capixaba, Copacabana Palace, Farinha Pura entre outros.



Me conte os desafios da sua profissão?

Ser chef é muito relativo, quando começamos uma profissão dentro da gastronomia, isso é conquistado com muito tempo e dedicação, e aí sim viramos chefs. E eu sou Chef professor, então entregar meu conhecimento na produção para meus alunos é primordial. É preciso ter sensibilidade nesta profissão, especialmente com a massa. A maioria das pessoas consideram a panificação uma arte bruta quando compraram com a confeitaria, mas na verdade, é muito mais detalhista.


O que te inspira no dia a dia?

Minha cultura francesa! Fui criado em uma família que gostava de cozinhar, morávamos em uma região gastronômica em Paris, sempre aprendi a comer e beber de tudo, é muito difícil eu não gostar de alguma coisa.


Prato favorito?

Confit de Pato. Me lembra a minha infância, na região do Sudoeste da França tem muita fazenda de patos, então minha família sempre preparava esse prato.



Qual mensagem você gostaria de passar para seus alunos?

Se dedicar muito, prestar atenção e colocar a mão na massa. Ninguém vai ser padeiro só olhando, então sempre façam perguntas, tenham atitude e curiosidade.




 

Philippe Lanié
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