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Chef Roberta Ciasca: “No Le Cordon Bleu, tive certeza da minha profissão”

Eleita Chef Revelação em 2007, Roberta conduz quatro restaurantes no Rio


No comando das cozinhas dos restaurantes Miam Miam, Oui Oui, da sanduicheria Petit e do mais recente, o vegetariano Brota, todos no Rio de Janeiro, a chef Roberta Ciasca é um ícone na gastronomia brasileira e serve de inspiração para os novos alunos do Le Cordon Bleu Brasil. Formada em Marketing em 1997, Roberta mal imaginava que a sua paixão pela comida se transformaria em profissão. A constatação só veio mesmo quando decidiu estudar na consagrada escola do Le Cordon Bleu em Paris: “foi na primeira semana completa cursando o Le Cordon Bleu que eu tive certeza de que era com isso que queria trabalhar para o resto da minha vida”, diz.

Em Paris, Roberta concluiu os certificados Basic e Intermediate em Cuisine e Pâtisserie, além de um curso em vinho. De volta ao Brasil, passou por um estágio em um bistro francês e três anos trabalhando num buffet até abrir o seu próprio buffet em um charmoso casarão em Botafogo. Hoje, o local abriga o Miam Miam, inaugurado em 2005 com um cardápio baseado no conceito de comfort food. O reconhecimento do seu trabalho veio pouco tempo depois, quando foi eleita Chef Revelação 2007 pelas revistas Veja Rio e Gula.

Nesta entrevista, Roberta nos conta a sua trajetória profissional e lembra os seus tempos de aluna do Le Cordon Bleu em Paris.

Quando e como você descobriu o seu talento para gastronomia?

Roberta Ciasca - Não diria que descobri meu talento mas foi exatamente na primeira semana completa cursando o Le Cordon Bleu que eu tive certeza de que era com isso que queria trabalhar para o resto da minha vida.

Como foi a sua experiência ao estudar no Le Cordon Bleu de Paris?

Roberta Ciasca - Foi muito bom. Faria de novo agora! Hahaha! Sério, foi meu primeiro contato com a gastronomia entendendo ela como minha futura carreira e por isso acho muito importante ter sido lá.


Relembrando os tempos de estudante no Le Cordon Bleu Paris:  pose com um buche pistache


Algum professor ou professora do qual você mais gostou?

Roberta Ciasca
O chef Patrick Terrien! Ele ficou muito amigo de todos os brasileiros do meu ano. Nós éramos 13 brasileiros. Só perdíamos para os orientais (rs). Ele chegou a vir a São Paulo mais de uma vez para nos encontrar. Em Paris, fiz também a primeira aula internacional do Alex Atala. Ele trabalhava no 72 em São Paulo e foi no Le Cordon Bleu dar essa aula. Lembro o menu. Ele usou batata baroa, fez foie gras e redução de balsâmico.

Qual o maior aprendizado que o Le Cordon Bleu ofereceu para a sua vida?

Roberta Ciasca -
A escola me passou a seriedade e o amor com os quais devemos lidar com essa profissão.

Acima, Roberta recebendo o certificado do Intermediate Cuisine e, ao lado, do Basic Cuisine


Doces lembranças: caderno de receita da chef enquanto era aluna do Le Cordon Bleu e o Chef Terrien em aula prática

Ao retornar para o Brasil, quais foram os primeiros passos na sua carreira?


Roberta Ciasca - Fui direto estagiar em um bistrô francês, muito influenciada pelo curso, queria aplicar o que tinha aprendido. Depois fui abrindo os horizontes.

Você hoje comanda quatro cozinhas! Como foi criar o mais recente, o Brotas?

Roberta Ciasca
-
O Brotas está na Voip Arpoador e tinha que trazer um conceito de modernidade e criatividade para atender à exigência do público que frequenta as lojas. Pensamos inicialmente em ser um restaurante vegano, o que me assustou, mas no final criamos um cardápio composto 90% de receitas veganas.

Como surgiu a ideia de criar o Miam Miam e por que a inspiração no comfort food?

Roberta Ciasca - O Miam Miam surgiu primeiramente da minha vontade louca de ter um restaurante que eu gostaria de frequentar e consequentemente o comfort food veio da vontade de servir e comer uma comida descomplicada, divertida e calorosa.

A escola me passou a seriedade e o amor com os quais devemos lidar com essa profissão.
Como foi o processo de criação do restaurante Oui Oui e da sanduicheria Petit?

Roberta Ciasca - O Oui Oui veio em um momento que queríamos expandir, nos impor novos desafios. A ideia de servir em pequenas porções e o cliente poder provar várias coisas tem muito a ver com o que eu penso que uma refeição deve ser. O Petit surgiu logo depois que tivemos que fechar o Mira (restaurante que funcionou dentro da extinta Casa Daros). Estávamos tristes e nada melhor do que novamente se divertir abrindo algo que sempre quis, uma sanduicheria.

Entre tantas receitas produzidas, qual a sua preferida? Por que?

Roberta Ciasca - Adoro o arroz de porco do Miam Miam. Ele está no cardápio há 13 anos, tem uma ligação com a cidade, foi criado pensando no sanduíche do Cervantes, colocado no cardápio quando todo mundo ainda torcia a cara para prato de porco e virou um hit.

O que a gastronomia brasileira pode ainda ensinar ao mundo?

Roberta Ciasca - Que nós temos o lugar, os ingredientes e o talento para produzir coisas incríveis. Estou servindo um queijo de cabra no Miam Miam (Azul do Bosque) que deixaria qualquer francês de queixo caído.

O que você acha que vai mudar no mercado de gastronomia no Brasil com a vinda do Le Cordon Bleu para o país?

Roberta Ciasca - Teremos mais e mais profissionais com a seriedade e a paixão que nossa profissão requer.

Quais os seus conselhos e dicas para quem está iniciando os estudos no Le Cordon Bleu?

Roberta Ciasca - Sugar tudo ao máximo, é um momento único, não desperdiçar um instante sequer. Paralelamente, informe-se, leia, folheie revistas, sites, Instagram, treine seu olhar. Faça um estágio para entender a realidade do dia a dia de um restaurante. Lembre-se de que não é só em restaurante que se pode trabalhar, mas em tantos outros lugares.


Conheça os restaurantes da Chef Roberta Ciasca no Rio de Janeiro:

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